Passos
insuficientes em minha direção dizem-me bom dia sem entender que já passou a
chuva, mas o frio continua abrigado comigo. Solto trancas das janelas e vejo flores geladas e das
portas abertas foge um sopro de vida irado, querendo correr para longe... apressado, tentando
levar-me para algum lugar que ainda precisa entender de esquecer para existir com mais força. Quem sabe a noite me ensine adormecer eloquências
das tarde já mortas e reparem exigências das minhas loucas palavras tortas? Que
a solução chegue talvez pelos sonhos. Pode até ser que sim. E que eles retornem inteiros e refeitos, com o perfume das flores. Um desejo. E que sejam enormes, estejam á altura da solidão e vazio do coração.
(Carla Fernanda)
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