Inocente o amor jurava que a noite escura não chegaria perto dali... preparou-a viva, acesa de velas com longos
pavios terminando no céu espelhado no lago quieto. Imaginário de um ou dois quartos
vazios de cor. O seu sonho claro durara o tempo das promessas feitas pelos olhos à lua
cheia, que passeava enquanto a valsa tocava. Depois do silêncio, restaram lembranças que voltam mais
fortes que tudo e os dias muito mais longos, antes das noites sem luz. Esperar, esperar outro dia. E... e outros. Daí, amanhece enquanto o mundo, quase todo, acorda atrasado para ver o sol raiando. Tem outro jeito? Como seria? Lindo, claro!! Mas, no final eles sempre ganham da gente. Vencem sem nem fazer esforço. Os sonhos de amor. Deixam-nos de lado, com o coração apertado, aluado... querendo sentir para sempre. Tic tac... hora de
acordar. Nenhum mal nisso, na gente não conseguir ser tão grande e viver tão feliz quanto
o que podemos ser capazes de sentir e desejar. Normal? Fatal! Aprendemos assim. A maioria de nós. Amamos loucamente, sem pedir, sem medir, sem concluir...
(Carla Fernanda)
Um comentário:
A Srta escreve maravilhosamente, além das palavras! O amor acontece no silêncio, e há razão fica pequena perante ele! abraços
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